Pedro Proença quer regresso do público na próxima época; Governo diz estar “empenhado” para que isso aconteça
O presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, falou esta quarta-feira, na Conferência “Futebol Profissional e Economia Pós-Covid-19”, que está a decorrer no Templo da Poesia, em Oeiras, sobre a sua vontade do público regressar às bancadas dos jogos de futebol português na próxima época.
“Temos de encontrar um novo modelo competitivo. Futebol é para os adeptos e tudo faremos para que a nova época desportiva comece com eles, sem eles não existe, estamos em conversações para isso. É necessário que a Liga se assuma como fator de mudança“, afirmou.
Nesta mesma conferência, Pedro Proença falou ainda obre as perdas de receitas resultantes da pandemia: “O futebol foi claramente afetado pela pandemia. Podemos ter 135 milhões de euros de perdas de receitas, um impacto superior. Estávamos com 12% de taxa de crescimento anual“.
Governo está “empenhado” em garantir que isso aconteça
João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e Desporto, também esteve presente nesta conferência e garantiu que o Governo está à procura de uma solução para o regresso dos adeptos aos estádios. Contudo, não pode dizer se será “no início da época ou mais à frente”.
“É evidente que se os artistas merecem um público, os atletas são também artistas do espetáculo desportivo e merecem um público. O comportamento do público de uma peça de teatro é diferente, qualquer pessoa compreende. Devemos estar envolvidos numa solução para ter público nos estádios e precisamos tê-lo o mais rapidamente possível. Não podemos dizer se será no início da época ou mais à frente“, começou por afirmar.
“O público é algo muito sensível, também do ponto de vista financeiro, e para o espetáculo. Estive na final da Taça de Futebol, e convenhamos que é algo desolador para a festa do futebol a que estamos habituados. Estamos empenhados para que aconteça [o regresso do público] e não comprometa a saúde pública“, concluiu.
No entanto, há que ter sempre em conta que o regresso do público aos estádios depende de decisões governamentais suportadas por diretrizes da Direção-Geral de Saúde (DGS).